CUIDADO COM O QUE VOCÊ PLANTA

 
Uma verdade doída: fora gêmeos, nascemos sós, pelados.
 
Passa o tempo, andamos de quatro, engatinhamos, usamos fralda, aprendemos a tirar a fralda.
 
Crescemos, às vezes temos filhos e os tratamos bem, outras não tão bem e aí, sem você perceber, você está velho. Volta a ficar sozinho, andando de quatro (por causa da dor) e voltamos à velha fralda. Só com a diferença que a criança está cheirosinha, bonitinha, fofinha, enquanto que com o velho, não, com frases como: "Se sujou de novo! Ô velho porco! Por que não morre logo? É um estorvo na minha vida".
 
Se ele tiver memória, coitado. O filho que ele tratou tão bem, o trata tão mal e, às vezes, até bate nele. Interna o pai em um asilo com a desculpa esfarrapada que lá ele vai ter muita companhia da idade dele, que não vai ficar sozinho. Ô desculpa escrota. Na verdade, o que o filho quer é ser ver livre dele, do trabalho que ele dá, mas só não passa pela velhice quem morre novo. É bom o filho lembrar-se disso, porque você colhe o que planta e ele pode ter um filho pior do que ele foi ao pai dele. Lamentável.

Kátia Paes
 

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