COMO ÁGUA E ÓLEO


Oi internauta, quanta saudade! Sabe aquele ditado que diz que os olhos não veem, o coração não sente? Mentira! Sente, sente muito, até mais, porque vem com um misto de saudade. Eu sinto falta da tua parte criança, pois para mim, você é aquele adolescente que eu tive a infelicidade de não compartilhar, talvez você fosse um homem velho melhor se eu tivesse te conhecido antes, agora, como as juntas da velhice endurecem, assim o teu coração endureceu. Eu diria que você apenas respira. Uma vez você perguntou: "por que eu?", eu disse que não sabia, e é verdade, até hoje eu não sei, eu só sei que mesmo à distância, o meu amor por ti aumenta, simultaneamente com o ódio por você ser tão acomodado, de desprezar a felicidade, igual àquela criança que tem medo de olhar embaixo da cama e que dentro do armário tem um bicho papão. Ainda bem que a minha velhice me trouxe coragem, me trouxe sede de aproveitar até o último instante! De devorar os momentos felizes, não ignorá-los. Aí, só assim, eu obtive a resposta à pergunta que você me fez: "por que você?", porque Deus quis me mostrar o que a física já mostra, água e óleo não se misturam, até no amor. Agora eu posso te ignorar, mesmo sofrendo, por mais que a gente esteja junto, eu sou a água e você, o óleo. A água flui como a felicidade, e o óleo, pesa como a raiva, a poluição. Até um dia, que a gente volte a se conhecer e que você não chute a felicidade para bem longe.

Kátia Paes

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