GEADA


Costuma-se dizer o dito popular que a felicidade não bate duas vezes na mesma porta. Eu devia ter pensado nisso, tendo tido um homem que me amou de verdade, a ponto de tirar a vida por mim por eu não querer ter nada com ele, loiro, de olhos azuis, alto (1,98m), dinamarquês de Copenhagen, e eu não o quis, presidente de uma multinacional, e eu não o quis. 

Eu acho que me achava, aí, eu o vi e parece que foi uma atração tão forte quanto o Katrina em Nova Orleans. Até hoje eu não sei responder o que aconteceu comigo, só sei que a resultante desse sentimento foi igual geada no campo, nada sobrevive à geada, inclusive eu. 

Kátia Paes

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