UM CONTO PARA REFLETIR
Existia no Leme um grande
juiz e jurista que havia chegado a ser até ministro da justiça! E ele gostava
de contar suas histórias para uma garotinha meiga, loirinha, maltratada pela
mãe, coitada, que ele assistia incrédulo pela janela do seu apartamento (prédio
em frente). E ele conta suas histórias e ela escutava, e ele conta a e ela
escutava e ele ficava vaidoso pela atenção que ela dava as suas histórias. Ao
acabar do dia ele se recolhia e pensava: "essa menina vai ser uma grande
juíza, vai ser a minha obra-prima".
No outro dia a tarde lá
estavam os dois de novo. Ela gostava de verdade dele porque ele a tratava bem
enquanto ela era maltratada em casa. Quanto mais ele contava ela queria mais e
mais, todos os caminhos da justiça. Aí um belo dia o velhinho se foi, um pedaço
dela morreu com ele, ela não tinha mais ninguém para correr quando apanhava,
pra ela a justiça foi cega, mesmo sem a venda ela foi cega e o que ele esperava
ser uma grande juíza virou a maior ladra de todos os tempos, tanto que até hoje
não é descoberta. Realmente foi a maior grande obra dele, saber escapar tão
ilesa da justiça. É uma pena, por causa dos maus tratos sofridos e sem ele para
acalentar, ela cresceu e virou a maior ladra.
Em memória a todos os
juízes que ao exercer a profissão em vida respeitaram a dignidade do ser humano
e não o seu dinheiro.
PS: depois de tanto maltrato, indiferença, expulsaram ela de casa e
aí começou a história da ladra. Muita violência sem afago transforma anjo em
monstro.
Kátia
Paes
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