O 4º ESTÁGIO DO AMOR
Existem na vida 4 amores: o da primavera, com a sua inocência, ora cálido,
ora tépido, cheio de esperança como as flores que desabrocham. Ouvimos cantar passarinho
mesmo quando eles não cantam. É o amor que o único pecado é ser ingênuo, acreditamos
piamente na pessoa e não poucas vezes nos decepcionamos com ela. Aí vem em
seguida o de verão, cálido, possessivo, sexo 24 horas por dia se fizéssemos e aguentássemos,
igual ao John e Yoko, é aquele que se mata no rompante da raiva. 99% sexo e 1%
do resto. Geralmente a cabeça que funciona no homem é a de baixo, não a de cima
e aí vem o adultério, muitos filhos, divórcios, etc....
Depois como um mar calmo e tranquilo vem o de outono. Queremos mais um
companheiro fiel, temos 2 ouvidos para escutar e uma boca para falar menos,
sexo na medida certa, mais compreensão e pouca briga.
Na minha opinião o mais perfeito é o de inverno. É quando já passamos boa
parte da decepção dos outros amores e ganhamos experiência. que vale muito mais
a compreensão, escutar o outro. O sexo, é verdade, diminui com o passar da
idade, mas com certeza, você terá além de um marido um amigo e um companheiro
para todas as horas. É uma pena que ele é tão perfeito, mas dura pouco, pois
atingimos a maturidade total com ele. Adquirimos paciência, tolerância e amamos
plenamente, sem colocarmos defeito, porque mais do que tudo é o nosso companheiro,
é uma cumplicidade total, é quando chegamos à plenitude do amor, é por isso que
ele dura tão pouco, porque ele é tão perfeito e toda a perfeição dura pouco.
Enfim, já apanhamos, já sofremos, já nos decepcionamos. O bom é que não
tivesse a perfeição do inverno e nem as loucuras do verão, que fosse o outono,
que ainda poderiam sermos amantes e cúmplices. Ou seja o da primavera peca pela
inocência, não pela virtude, mas pela inocência em acharmos que sabemos tudo e
não sabemos nada, mal saímos das fraldas. No de verão pecamos pelo excesso, pois
tudo é exacerbado. O do outono para mim é o mais perfeito, pois se soubermos
conduzi-lo chegamos ao do inverno, onde geralmente, no do inverno pecamos pela
sua curta duração pois já estamos velhos e as doenças nos fazem companhia. Ele
é tão perfeito que quando um morre o outro vai logo atrás, vejam bem, estamos
falando de amor de verdade.
É uma saga que cada semana vou falar sobre um com exemplos reais, mas
pior do que todos eles é não conhecer nenhum deles.
Katia Paes
Comentários
Enviar um comentário